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domingo, 24 de abril de 2011

PERIODIZAÇAO EM BUSCA DA HIPERTROFIA MUSCULAR



              Ola caro leitor! Tendo em vista a busca desenfreada por visuais estereotipados pela mídia atual, ou até mesmo para aqueles que treinam com objetivos mais específicos; é que tive a gana e os anseios de criar este blog para estar partilhando, desde um dado conhecimento empírico em seu contexto pratico e figurativo, embebendo-se sempre de explicações pautadas em um cunho cientifico (este por sua vez nos possibilitando maior segurança). Até mesmo promovendo a reciprocidade de discussão e por que não dizermos, levantarmos novas dúvidas e dúvidas... Afinal de contas, a dúvida nada mais é do que a incerteza ou a insegurança em relação a uma idéia que pode estar exposta de forma errônea, equivocada, ou ate mesmo incompleta. Baseado nos escritos acima, conto com vocês caros leitores. 
Chega de blá blá blá e vamos ao que interessa. Para um individuo adentrar em qualquer contexto ou modalidade de pratica física é fundamental construir-se em fases de aprendizagens motor-cognitivas. No treinamento resistido (musculação) não é diferente, partindo dessa premissa é considero fundamental que “comecemos do começo” aceite o pleonasmo se for o caso. Nada melhor que esclarecermos um pouco a respeito de periodizações em busca da hipertrofia muscular.



Alto volume - baixa intensidade, estamos tratando de uma periodização em uma fase inicial, ou uma periodização tradicional, onde em sua fase evolutiva ocorrerá um aumento da intensidade e redução do volume, para melhor entendimento (volume - em si tratando de repetições ou series; e intensidade - em si tratando de um ponto de vista fisiológico, estamos falando de cargas; são as cargas que vão determinar a intensidade do seu treino, dando origem à outra variante da treinabilidade a densidade. Esclareceremos isso em outra postagem direcionado ao assunto). Em outras palavras essa teoria você ira encontrar na literatura como interdependência “volume x intensidade” sim, tenho certeza que você já ouviu isso nas salas de musculação alguém falando a mesma coisa porem dessa maneira; “o volume é inversamente proporcional à intensidade”. Em um português claro isso implica dizer que ou você consegue executar varias series e repetições com peso mais leves, ou poucas series e poucas repetições com pesos exorbitantemente pesados. Bom! Só a titulo de esclarecimento e de isenção para aqueles que adoram tocar o pau. Eu Alexandre Magno Souza Calasans, preciso deixar bem claro que muitos autores apresentam aspectos negativos dessa abordagem, assim como outros como Kraemer e Fleck, defendem a ocorrência de adaptações otimizadoras dos resultados das fases que sucedem. Logo ocorre a eficiência no processo de adquirir força muscular.
                 Mas o que eu propunha com essa analise desse tema, foi à promoção pela hipertrofia muscular não pelo aumento de força. Então vamos em busca da resposta. Espero que esteja tudo claro ate aqui caro leitor, si não vai melhorar agora, RS. Tudor Bompa é o nome do cara... do cientista que modificou, revolucionou, ou ate mesmo deu nome a princípios já existentes de treinamentos. Trocando em miúdos, foi ele quem conseguiu aplicar periodizações do treinamento de força voltado para hipertrofia. “(Gentil 2005), a hipertrofia é uma alteração morfológica, e não uma capacidade física que depende de algum tipo de requisito motor específico”. No caso do treinamento de hipertrofia a periodização serviria apenas para definir critérios técnicos onde até então não havia nenhum.
              Isto posto, é valido dizer que, dentro do treinamento resistido existem milhares e milhares de mitos que são difícil de serem compreendidos dentro da sala de musculação no chamado transito livre. Com base nisso, é que Tudor Bompa, listou algumas fases que induzem os erros na aplicação da periodização tradicional seja para iniciantes, intermediários ou avançados na busca da hipertrofia muscular. Para não nos estendermos tanto colocarei com minhas palavras apenas três das seis fases, mas será o suficiente para o seu entendimento


ADAPTAÇAO ANATOMICA:
Nesse período fala-se de iniciantes e/ou de regresso ao treinamento por longo período de abandono. Acredita-se que tal indivíduo deva estar sujeito a um período de adaptação dos tecidos moles, não somente músculo esquelético, mas de suma importância eu acredito, que até mesmo de maior preocupação tendões e ligamentos. Se você treina serio e algum tempo, já deve ter conseguido observar que a capacidade de adaptação (fortalecimento) das duas ultima estruturas que mencionei, são mais lentas e demoradas. Como prova do que estou analisando está pautado
“Bompa, os treinos desta fase devem possuir baixo volume e intensidade”.

FORÇA MAXIMA
Objetiva o aumento da espessura das pontes cruzadas e dos filamentos mais espessos de miosina. Na verdade há muita coisa a ser dita e esclarecida, porem como o objetivo das minhas escrituras é atender a leitores de outros campos, si faz necessário esclarecimento de alguns termos técnicos em outras oportunidades. Mas para que todos entendam essa parte é necessário explicar que; Durante a contração do músculo ocorre o deslizamento de filamentos protéicos, esses filamentos são actina os mais finos e miosina os mais grossos, digamos que nesse processo de um “agarrar” o outro forma as pontes cruzadas, de maneira bem clara seria isso, se nos aprofundarmos mais talvez possa confundir alguns leitores ou invés de esclarecermos. Mas isso tudo pra dizer que, não existem evidencias cientificas que comprovem a promoção do aumento de força pra posteriormente ocorrer o processo de hipertrofia muscular.

FASE DE DEFINIÇAO
Bom, eu Alexandre Magno, RS  considero essa fase a maior construtora de mitos e de teoremas observacionais inventados por indivíduos leigos e também capacitados. Mas acredito que após a leitura do Bompa, fica mais simples de transpor isso aqui. Não me atendo a isso, considero mais importante que façamos algumas observações fisiológicas e logo derrubaremos algumas incompreensões, vamos lá.
Bompa acredita que o alto numero de repetições é capaz de mobilizar os ácidos graxos como fonte de energia para a contração muscular – sim isso é evidente, afinal de contas caro leitor nosso corpo não escolhe que tipo de substrato energético ou para os nutricionistas qual tipo de macro nutriente o seu organismo vai acionar, o que ocorre é sim uma predominância desses ou aquele substrato a depender da atividade solicitada. Mas enfim, deixemos de observações pessoais e regressemos aos mais sábios da área. A mobilização dos ácidos graxos nesse processo de contração muscular daria entender que a redução localizada de gordura subcutânea estaria dando definição a musculatura, mas isso não há evidencia matemática  tão pouco metabólica. O que diferencia a redução adiposa e o aumento dos músculos seria nada mais nada menos que estratégias nutricionais e também o uso de farmacológicos. Bom, termino com essa observação de cientistas, mais uma vez mi isentando de comentários maldosos, falando nada mais nada menos do que foi dito porem por alguém de enorme bagagem e respaldo para falar.


Gentil (2005). Simplificar a redução de gordura corporal, manipulando apenas certo número de repetições, mesmo aliados a uma mudança dietética, e não considerar a complexidade de um sistema não-linear, como o corpo humano é, no mínimo, imprudente.

Caro leitor espero que tenha gostado de toda observações levantadas aqui, alguns esclarecimentos e duvidas surgiram também, mas como falei essa é a real intenção da produção de novos conhecimentos, a geração de novas duvidas para gerar novos conhecimentos e nesse ciclo concomitante é que vai nascendo o saber, sou grato pela atenção dispensada

ASS: Alexandre Magno Souza Calasans.